segunda-feira, 6 de abril de 2009

Poesias de Carlos Nejar

Arco iris

Era um anel de terra
emirto, anel contigo.
O que te dei, preserva
como chama, arco iris

um anel de folhas
vagalumes, trigos
O que te dei, é secreto
Elza,para sorrires.

E um anel de tréguas,
entretecendo mitos,
que abrangesem alarde.

A rua,a lua,a tua
mão e os dedos indos
Anel de eternidades
                                   Poema do jornal




O fato ainda não acabou de acontecer

e já a mão nervosa do repórter

o transforma em notícia.

O marido está matando a mulher.

A mulher ensangüentada grita.

Ladrões arrombam o cofre.

A polícia dissolve o meeting.

A pena escreve.


Vem da sala de linotipos a doce

música mecânica.
                                                                                              
                                                                                            Carlos D. de Andrade

Poema de Purificação

                                  Poema da purificação




Depois de tantos combates

o anjo bom matou o anjo mau

e jogou seu corpo no rio.

As água ficaram tintas

de um sangue que não descorava

e os peixes todos morreram.



Mas uma luz que ninguém soube

dizer de onde tinha vindo

apareceu para clarear o mundo,

e outro anjo pensou a ferida

do anjo batalhador.



                                                                                         Carlos D. de andrade

Quadrilha

                              Quadrilha

João amava Teresa

que amava Raimundo

que amava Maria

que amava Joaquim

que amava Lili

que não amava ninguém.

João foi para o Estados Unidos,

Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre,

Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes

que não tinha entrado na história.


                                                                                                 Carlos D. de Andrade
Não seremos marido e mulher,

nem mesmo amantes

Que tal apenas namorados interminentes

docemente nos amando, entinerantes?

trocaremos afagos,quando o dia adormecer,

na encrusilhada,

deixarei em você meu cheiro de mulher

lançaremos olhares disfarçados

que certamente passarão despercebidos pois namorados

Olhar


Foto de TELPortfolio

APRENDIZADO

Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.

Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão

que a vida só consome
o que a alimenta.

Ferreira Gullar
In Barulhos

Não passou *-*

                                             Não Passou


Passou?

Minúsculas eternidades

deglutidas por mínimos relógios

ressoam na mente cavernosa.


Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.

A mão- a tua mão, nossas mãos-

rugosas, têm o antigo calor

de quando éramos vivos. Éramos?




Hoje somos mais vivos do que nunca.

Mentira, estarmos sós.

Nada, que eu sinta, passa realmente.

É tudo ilusão de ter passado.


                                                                                      Carlos D. de Andrade


Vinicius de Moraes

Nasceu no Rio de Janeiro no dia 19 de Outubro de 1913.Estudou direito no Rio e literatura em Oxford.Desde então interessava-se pela arte do cinema,tendo desenvolvido atividades como crítico e censor cinematográfico.
Vinicios se formou em advocacia e foi diplomata de 1943 até 1968,quando sua paixão pela música levou a trocar a carreira de diplomata para a música profissional,tornando-se uma das figuras exponenciais da Bossa Nova.
Vinicios de Moraes morreu no dia 09 de julho de 1980.

       Lya Luft

 Lya Luft começou sua carreira literária em 1980,aos 41 anos,com a publicação do romance As  parceiras,seguido por A asa esquerda do anjo 1981,Reunião de familia 1982,Mulher no palco 1984,O  quarto fechado 1984,Exílio 1987.Olado fatal 1988,A sentinela 1994,Orio do meio 1996, prêmio da  Associação Paulista de Criticos de Artes,Secreta mirada 1997,O ponto cego 1999,Histórias do tempo  2000,Perdas Ganhos 2003,Pensar é transgredir 2004,e no mesmo ano,Histórias de bruxa boa,sua estréia na literatura infantil.Em 2005 publicou o volume de poesia Para não diser adeus.          

     Formada em letras anglo-germânicas e com mestrados em literatura brasileira e linguistica aplicada,Lya trabalha desdeos 20 anos como tradutora de alemão e inglês e já verteu para o português obras de autores consagrados,como Virginia Woolf,Gunter Grass,Thomas Mann e Doris Lessing,além de ter recebido o prêmio União Latina de melhor traduçâo tecnica e científica em 2001 pela tradução de Lete:Arte e critica do esquecimento de Harald Weinrich.

BIOGRAFIA DE HELENA KOLODY

Helena Kolody
Helena Kolody nasceu em 1912, em Cruz Machado, Paraná no dia 12 de outubro. Filha de Miguel e Vitória Kolody. Seus pais foram imigrantes ucranianos que se conheceram no Brasil.
Helena Kolody passou parte da infância na cidade de Tres Barras onde fez o curso primário. Estudou piano, pintura e aos 12 anos , fez seus primeiros versos.
Seu primeiro poema publicado foi A Lágrima,aos 16 de idade, e a divulgação de seus trabalhos, na época , era através da revista Marinha de Paranaguá. Mas infelizmente morreu no dia 15 de fevereiro de 2004 aos 91 anos.
É a primeira brasileira da família.Passou a infância no cenário catarinense de uma pequena vila.Trabalhou por 23 anos no Instituto da Educação.

Alphonsus de Guimaraens Filho
Poeta e funcionário público brasileiro nascido em Mariana, Minas Gerais, cuja poesia tinha um alto envolvimento místico, com imagens entremeadas de luz e inquietação, e experiências metafísicas. Descendente de uma família de tradição na literatura brasileira, era filho do poeta Afonso Henriques da Costa Guimarães, o Alphonsus de Guimaraens (1870-1921), de quem publicou a obra completa (1955-1960), irmão do escritor João Alphonsus e sobrinho-neto de Bernardo Guimarães. Estudou em Belo Horizonte, onde se bacharelou em direito (1940) pela Universidade de Belo Horizonte. Ainda estudante, entrou para o jornalismo (1934) como redator do Diário da Tarde, de Belo Horizonte, e diretor da Rádio Inconfidência e iniciou-se na carreira de administrador público (1936). Trabalhou para Juscelino Kubitschek no governo de Minas Gerais e na presidência da república, e foi procurador do Tribunal de Contas da União. Em sua obra destacam-se, principalmente, Lume de Estrelas (1940), A cidade do sul (1948), O irmão (1950), O mito e o criador (1954), Sonetos com Dedicatória (1956), Poemas Reunidos (1960), Antologia Poética (1963), Novos Poemas (1968), Poemas da Ante-Hora (1971), Absurda Fábula (1973), Água do Tempo (1977) e Só a Noite é que Amanhece (1977).
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FLORA FIGUEIREDO

Poeta, cronista e tradutora paulista, já foi consagrada pelo público com seus livros Florescência (1987), Calça de verão (1989) e Amor a céu aberto (1992). Rima, ritmo e bom humor são características da sua poesia. Flora deixa evidente sua intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graaça às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutiliza verbal, seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.







Cecilia Meireles nasceu no Rio de Janeiro em 7de novembro de 1901,tres meses apos amorte do seu pai.Antes de completar tres anos de idade,perdeu sua mãe passando então a morar com sua avó materna,unica pessoa sobrevivente da família.
Em 1910,concluiu o curso primário e recebeu das maõs do inspetor de ensino,na época o poeta Olavo Bilac,uma medalha de ouro com seu nome gravado,prêmio pelo esforço desempenhado durante o curso.
Sete anos depois diplomou-se professora primaria e passou a desenvolver intensa atividade como educadora.Em 1922 casou-se com o artista plástico português Fernando Correa Dias,com teve três filhas:Mari Elvira,Maria Matilde e Maria Fernanda,atriz de sucesso.
Além de sua atividade como educadora escreveu muitas poesias.
Cecilia Meirelles faleceu no dia 9 de novembro de 1964,em pleno apogeu de sua atividade literária.Recebeu post mortem o premio Machado de Assis,da Academia Brasileira de Letras,pelo conjunto de sua obra.

Biografia de Paulo Leminski

Paulo Leminski

Paulo Leminski nascido em Curitiba Paraná, em 1944. Mestiço de polaco com negra, sempre viveu no Paraná.
Ex-professor de história e redação em cursos pré-vestibular, foi diretor de criação e redator de publicidade,colaborou no "Folhetim" da folha de S.Paulo, resenhou livros de poesia na Veja.
Poemas e textos publicados em inúmeros órgãos, de Curitiba,S.Paulo,Rio e Bahia. Teve seus primeiros poemas publicados na revista Invenção,em 1964, então portavoz da poesia concreta paulista. Faixa -preta o professor de judo,viveu em Curitiba com a poeta Alice Ruiz com a qual teve 2 filhos.
Paulo Leminski morreu no dia 7 de junho de 1989.

Biografia De Carlos Drummond De Andrade *-*



    Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do mato dentro -MG 31 de Outrubo de 1902 , de uma família de fazenderos decadência , estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no colégio Anchieta de nova Friburgo RJ , de onde foi espulso por ´´insubordinação mental``. De novo em Belo Horizonte , começou a carreira de escritor como colaborador do diários de Minas , que Aglutinavam os adepetos locais do incipiente movimento modernista mineiro.



       Ante a insistência familiar para que se obitivesse um diploma , formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A revista , que , apesar da vida preve , foi importante Veiculo de Afirmação do modernismo em Minas.Ingressou no serviço Público e , em 1934tranferiu-se para oRio De Janeiro , onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema , ministro da Educação , até 1945.Passou depois a trabalhar no serviço Patrimônio Histórico e Artístico nacional e se aposentou em 1962.Desde 1954 colaborou como cronista no correio da Manhã e , a partir do início de 1969 , no Jornal do Brasil.

           O modenismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros de Drummond , alguma poesia (1930)e Brejo das Donas (1934) , em que o poema -piada e descontração rintastisca pareciam revelar o contrario. Adominante é a individualista do autor , poeta da ordem e da consolidação , ainda que sempre , e fecundamente , contratídorias.Torturado pelo passado , assombrado com o futuro , ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele testemunho buscida de si mesmo e do transcurso dos homens , de um ponto de vista Melancólica , e cético . Maso , em quanto ironizam os costumes e a sociedade . Asperamente com o empenho e deretanto construtivo á comunicação estética desse modo de ser e estar .

            Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

          Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

           Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

          Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

José Guilherme de Araújo Jorge

José Guilherme de Araújo Jorge

Nasceu em 20 de maio de 1914,na vila de Tarauacá,estado do Acre. Filho de Salvador Augusto de Araújo Jorge e Zilda Tinoco de Araújo Jorge. Descendente,pelo lado paterno de tradicional família alagoana,os Araújo Jorge.Sobrinho do embaixador Artur Guimarães de Araújo Jorge,(autor de inúmeras obras sobre filosofia,história e diplomacia),sobrinho neto de Adriano de Araújo Jorge,médico,escritor,grande orador,que foi presidente perpétuo da Academia Amazonense de letras,e do professor Afrânio de Araújo Jorge,fundador do Ginásio Alagoana, de Maceió. Descendente pelo lado materno do Tinocos Caldas e dos Gonçalves de Campos,Macaé,e São Fidelís, estado do Rio. Passou sua infância no Acre ,em Rio Branco,onde fez curso primário no Grupo Escolar,7 de Setembro.No Rio,realizou o curso secundário nos colégios Aglo-Americano e Pedro II colaborou desde menino na imprensa estudantes.Foi fundador e presidente da Academia de Letras do internato Pedro II, no velho Casarão de São Cristovão.


Roseana murray

ROSEANA MURRAY


Roseana Murray nasceu no Rio de Janeiro ,em 1950 .Depois bacharela-se em literatura francesa e trabalha com tradutora , em 1980 lançou seu primeiro livro , fardo de carinho ,obra de poesia voltada para o público infantil publicada pela editora murinho .Assim começava uma intensa carreira literária .Ao longo de mais de vinte anos período em que dividiu seu tempo entre o isolamento de um sítio em Visconde de Mauá ,região serrania do Rio de Janeiro, e o burburinho da Capital do estado - Roseana escreveu e publicou mais de quarenta livros , maioria de poesia . Além de conquistar a paixão de toda uma geração de jovens leitores brasileiros ,Roseana recebeu de versos prémio e venceu dois concursos naçionais de poesia também foi prestigiada com algumas das mas inportamtes láureas literárias comfiridas pela fundação nacional do livros infantil e juvenil -(FNLI) pela associaçaõ paulista de Críticos de artes (APC) pelos Academia de letras.