quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Á lágrima


Oh!Lágrima cristalina,
tão salgada e pequenina,
quanta dor tú não redimes!
Mesmo feita de amargura,
és tão sublime, tão pura.
Que só virtudes esprimes.

Ao coração torturado,
pela saldade magoado.
Pelo destino cruel,
Tú és a pérola linda,
do rosário que não finda,
feita de tortura e fel.

Tempo.




Em jovem, era uma uva,
cheia de vida e de graça
com a idade, o sol e a chuva,
a coitada virou passa...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Lisura


Entras na morte,
como se entra em casa,
desvestindo a carne,
pondo teus chinelos
e pijama velho.



Entras na morte,
como alguém que parte
para uma viagem:
não se sabe o norte
mas começa agora.



Entras na morte,
sem escuros,
sem punhais ocultos
sob o teu orgulho.



Entras na morte,
limpo
de cuidados breves;
como alguém que dorme
na varanda enorme,
entras na morte.

Xi


O pássaro conhece o horizonte.
A redondezda terra.
E a primavera que anunciano canto solitário.
E na espera.
O pássaro não sabeque eu sei,
solitário,atrás da vidraçaestas coisas que ele sabe.
Mas o pássaro sabe de coisas
que nunca sabereiatrás das vidraças.

Roseana Murray


by Gustave Caillebotte » Cliffs by the Sea at Trouville

O livro é a casa
onde se descansa
do mundo.

O livro é a casa
do tempo,
é a casa de tudo.

Mar e rio
no mesmo fio,
água doce e salgada.

O livro é onde
a gente se esconde
em gruta encantada.

Ternura


Eu te peço perdão por te amar de repenteEmbora o meu amor seja uma velha canção nos teus ouvidosDas horas que passei à sombra dos teus gestosBebendo em tua boca o perfume dos sorrisosDas noites que vivi acalentadoPela graça indizível dos teus passos eternamente fugindoTrago a doçura dos que aceitam melancolicamente.E posso te dizer que o grande afeto que te deixoNão traz o exaspero das lágrimas nem a fascinação das promessasNem as misteriosas palavras dos véus da alma...É um sossego, uma unção, um transbordamento de caríciasE só te pede que te repouses quieta, muito quietaE deixes que as mãos cálidas da noite encontrem sem fatalidade o olhar [ extático da aurora

Convite



Vem,

toma um café comigo,

Não é um convite qualquer.

Émais que um sabor.

É um sonho!

Um compartilhar de calor
de tempero,

partilhar de calor,

de olhar.

É um estar juntos,

é um gole de distância. . .

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

José Guilherme de Araújo Jorge



Liberdade

A liberdade é o meu clarim de guerra
e eu sou, no meu viver amplo e sem véus,
como os caminhos soltos pela terra,
como os pássaros livres pelos céus.


Ela é o sol dos caminhos ! Ela é o ar
que os enche os pulmões, é o movimento,
traz num corpo irrequieto como o mar
uma alma errante e boêmia como o vento.


Minha crença, meu Deus, minha bandeira,
razão mesma de ser do meu destino,
há de ser a palavra derradeira
que há de aflorar-me aos lábios como um hino.


Liberdade: Alavanca de montanhas!
Aureolada de louros ou de espinhos
há de cingir-me a fronte nas campanhas,
há de ferir-me os pés pelos caminhos.


Sinto-a viva em meu sangue palpitando
seja utopia ou seja ideal, - que importa?
Quero viver por esse ideal lutando,
quero morrer se essa utopia é morta !


José Guilherme de Araújo Jorge

Missão

Meus versos terão cumprido a sua missão
se puderem ser pedra e areia
servirem de barricada.

Se puderem ser o hino, quando o desânimo
se levantar como a poeira dos escombros.

Se puderem permanecer no alto, como a bandeira
rasgada e irreconhecível, mas tremulando.

Terão cumprido a sua missão
se na hora em que precisarem deles
não negarem fogo como a boa arma,
se outros puderem ouvi-lo, como o esperanto,
depois da vitória do homem e da vitória do povo.


José Guilherme de Araújo Jorge

O verbo amar

Te amei: era de longe que te olhava
e de longe me olhavas vagamente...
Ah, quanta coisa nesse tempo a gente sente,
que a alma da gente faz escrava.

Te amava: como inquieto adolescente,
tremendo ao te enlaçar, e te enlaçava
adivinhando esse mistério ardente
do mundo, em cada beijo que te dava.

Te amo: e ao te amar assim vou conjugando
os tempos todos desse amor, enquanto
segue a vida, vivendo, e eu, vou te amando...

Te amar: é mais que em verbo é a minha lei,
e é por ti que o repito no meu canto:
te amei, te amava, te amo e te amarei!

(Poema de JG de Araujo Jorge
do livro -Bazar de Ritmos- 1935)


José Guilherme de Araújo Jorge

A festa triste...
Não, o Natal não é uma festa alegre,
é uma festa triste.

De repente
as crianças (logo as crianças!)
separam o mundo em duas metades
desiguais:
- de um lado, a abastança, indiferente ou piedosa;
do outro, a necessidade, a mendigar seus restos
como há milênios faz...

As crianças (logo as crianças!)
Algumas com presentes, brinquedos, esperanças,
e as puras alegrias que o bom Velhinho
lhes traz do céu;
outras, sem terem nada, e mesmo tendo pais,
são "órfãos do Natal",
não tem Papai Noel...

Não. Neste mundo como está,
(neste mundo profano
que a um olhar mais humano
não resiste),
o Natal pode ser uma festa,
(quem contesta?)
mas é uma festa triste...


( Poema de J. G. de Araujo Jorge
in " O Poeta Na Praça " - 1981


José Guilherme de Araújo Jorge


Ser mãe

1
Quando todos te condenem
quando ninguém te escutar,
ela te escuta e perdoa,
por ser mãe - é perdoar!

2
Quando todos te abandonem
e ninguém te queira ver,
ela te segue e procura
pois se mãe - é compreender!

3
Quando todos te negarem
um pão, um beijo, um olhar,
ela te ampara e acarinha
por ser mãe - sempre é se dar!


( Poema de JG Araujo Jorge,
in " Cantiga do Só" - 1964 )

José Guilherme de Araújo Jorge


GOSTARIA
Queria compartilhar contigo os momentos mais simples
e sem importância.
Por exemplo:
sair contigo para passear, sentir-te apoiada em meu braço,
ver-te feliz ao meu lado
alheia a todo mundo que passasse.

Gostaria de sair contigo para ouvir música, ir ao cinema,
tomar sorvete, sentar num restaurante
diante do mar,
olhar as coisas, olhar a vida, olhar o mundo
despreocupadamente,
e conversar sobre "nós" – esse "nós" clandestino
que se divide em "tu e eu"
quando chega gente.

Encontrar alguém que perguntasse: "Então, como vão vocês?"
E me chamasse pelo nome, e te chamasse pelo nome
e juntasse assim nossos nomes, naturalmente,
na mesma preocupação.

Gostaria de poder de repente te dizer:
Vamos voltar pra casa...
( Como se felicidade pudesse ser uma coisa
a que tivéssemos direito como toda gente)
Queria partilhar contigo os momentos menores
da minha vida,
porque os grandes já são teus.

(Poema de JG de Araujo Jorge
do livro – A Sós – 1958 )

Doído coração doido.


Estive entre mim
e entre mim.

Naufrágios.
Difíceis rimas.
Remos de quebranto.

Ninguém sabe que é.
O que se sabe não se diz.
O que se diz não se vê.

Doido coração.Doído.
Estoura,estala.
Estigma.

Foto by Fernando Campanella

PREDILEÇÃO

Amo os gestos estáticos, plasmados
numa atitude lenta de abandono;
certos olhares bêbados de sono
e a poesia dos muros desbotados...

Amo as nuvens longínquas...o reflexo
na água dos foscos lampiões...as pontes...
a sufocação ríspida das fontes
e as palavras poéticas sem nexo.

Mas, sobretudo, eu amo esses instantes
em que, como dois presos foragidos,
os meus olhos se embrenham,distraídos,
na natureza - como dois amantes...

Onestaldo de Pennafort

Onestaldo de Pennafort


Foto by Fernando Campanella

PREDILEÇÃO

Amo os gestos estáticos, plasmados
numa atitude lenta de abandono;
certos olhares bêbados de sono
e a poesia dos muros desbotados...

Amo as nuvens longínquas...o reflexo
na água dos foscos lampiões...as pontes...
a sufocação ríspida das fontes
e as palavras poéticas sem nexo.

Mas, sobretudo, eu amo esses instantes
em que, como dois presos foragidos,
os meus olhos se embrenham,distraídos,
na natureza - como dois amantes...

Onestaldo de Pennafort

COMO NASCEM AS MANHÁS

O fundo dos olhos da noite
guarda silêncios.
Esconde na retina
a menina que corre descalça em campo
aberto.
Pálpebras cerradas, a noite emudece.
A menina com medo
faz um furo no escuro com a ponta do dedo.
Cai um pingo de luz.
Amanhece.

Roseana murray

TRAVESSIA

Atravesso teus olhos
não como quem passa
de uma rua a outra
com flores nos braços
,mas como quem atravessa
uma densa floresta
à noite
apenas o brilho das corujas
como guia
,ou como quem passa
a fronteira a cavalo
com um passaporte falso,
o coração disparado
:você não me detém,
eu mergulho

.Roseana MurrayIn Recados do Corpo e da Alma
Postado por mateus às 08:22 0

Roseana murray


Foto de gim2468

ABRAÇO

Entrelaçar os braços,
misturar com as tuas
as minhas linhas da mão,
ouvir a música ardente
dos teus anseios,
encostar nossas almas,
nossos olhos, costurar
nossas esperanças,
com o mesmo fio,
dividir os sonhos.

Roseana murray

Gosto Quando Falas de Ti...


by Childe Hassam » Flower Girl

GOSTO QUANDO FALAS DE TI...

Gosto quando falas de ti...e vou te percorrendo
e vou descortinando a tua vida
na paisagem sem nuvens, cenário de meus desejos tranqüilos.

Gosto quando me falas de ti... e então percebo
que antes mesmo de chegar, me adivinhavas,
que ninguém te tocou, senão como o vento
que não deixa vestígios, e se vai
desfeito em carícias vãs...

Gosto quando me falas de ti... quando aos poucos a luz
vasculha todos os cantos de sombra, e eu só, te encontro
e te reencontro em teus lábios, apenas pintados,
maduros,
mas nunca mordidos antes da minha audácia.

Gosto quando me falas de ti... e muito mais adiantas
em teus olhos descampados, sem emboscadas,
e acenas tua alma, sem dobras, como um lençol
distendido,
e descortino teu destino, como um caminho certo, cuja
primeira curva
foi o nosso encontro.

Gosto quando me falas de ti ... porque percebo que te desnudas
como uma criança, sem maldade,
e que eu cheguei justamente para acordar tua vida
que se desenrolava inútil como um novêlo
que nos cai da mão...

José Guilherme de Araújo Jorge


by Childe Hassam » The White Dory, Gloucester

A VIAGEM

Não vamos fazer planos, vamos apenas viajar
neste barco que nos recolheu
e cujo rumo não sabemos...

Não vamos fazer planos, vamos olhar as gaivotas,
os crepúsculos sobre o mar,
as ondas, as nuvens, os portos que amanhecerão,
agradecer ao destino que nos fez passageiros
do mesmo sonho.

Não vamos fazer planos, não vamos matar as nossas alegrias
modificando roteiros, se não sou o camandante do navio,
se ninguém é,
não vamos matar as nossas alegrias
com intinerários antecipados
como se fossemos turistas ricos
apenas gastando o seu tédio...

Não vamos fazer planos, vamos nos deixar levar
ao sabor das correntes,
vamos agradecer essa viagem como se fosse a primeira
como se fosse a última viagem,
como se fosse aquela viagem há tanto tempo esperada,
que inacreditavelmente se tornasse
realidade...

E o porto onde chegamos, - qualquer que seja o porto -
ou o horizonte de mar que sempre se afastará,
serão o porto e o horizonte
da felicidade...

INSÖNIA

Silêncio.
Madrugada.
Rua vazia.
Uma lua branca de linho
estendida no escuro,
sobre o nada.
Num momento insone,
conversam confidentes
Presente, passado e futuro
Um pensamento corta o espaço
Versejando a esmo.
Escuto passos:
é meu coração abrindo a porta de mim
mesmo.

Flora Figueiredo
In chao de Vento.

Canção Da Pequena Melancolia

Um anjo vem todas as noites:
senta-se ao pé de mim e passa
sobre meu coração a asa tensa,
como se fosse o meu melhor amigo.

Esse fantasma que chega e me abraça
(asas cobrindo a ferida do flanco)
é todo o amor que resta entre ti e mim
e está comigo.

CANÇÃO EM CAMPO VASTO

Deixa-me amar-te com ternura, tanto
que nossas solidões se unam,
e cada um falando em sua margem
possa escutar o próprio canto.

Deixa-me amar-te com loucura, ambos
cavalgando mares impossíveis
em frágeis barcos e insuficientes velas,
pois disso se fará a nossa voz.

Ajuda-me a amar-te sem receio:
a solidão é um campo muito vasto
que não se deve atravessar a sós.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

José Guilherme de Araújo Jorge


Os versos que te dou

Ouve estes versos que te dou, eu os fiz hoje que sinto o coração contente enquanto teu amor for meu somente, eu farei versos...e serei feliz...
E hei de faze-los pela vida afora, versos de sonho e de amor, e hei  depois relembrar o passado de nós dois... esse passado que começa agora...
Estes versos repletos de ternura são versos meus, mas que são teus, também... Sozinha, hás de escuta-los sem ninguém que possa perturbar vossa ventura...
Quando o tempo branquear os teus cabelos hás de um dia mais tarde, revive-los nas lembranças que a vida não desfez...
E ao lê-los...com saudade em tua dor... hás de rever, chorando, o nosso amor, hás de lembrar, também, de quem os fez...
Se nesse tempo eu já tiver partido e outros versos quiseres, teu pedido deixa ao lado da cruz para onde eu vou...
Quando lá novamente, então tu fores, pode colher do chão todas as flores, pois são os versos de amor que ainda te dou.

Exaltação do amor

Sofro, bem sei... Mas se preciso fôr
sofrer mais, mal maior, extraordinário,
sofrerei tudo o quanto necessário
para a estrêla alcançar... colher a flor...

Que seja imenso o sofrimento, e vário!
Que eu tenha que lutar com força e ardor!
Como um louco talvez, ou um visionário
hei de alcançar o amor... com o meu Amor!

Nada me impedirá que seja meu
se é fogo que em meu peito se acendeu
e lavra, e cresce, e me consome o Ser...

Deus o pôs... Ninguém mais há de dispor!

Se êsse amor não puder ser meu viver
há de ser meu para eu morrer de Amor!


terça-feira, 16 de junho de 2009

Cavaleiro andante

Se vais em busca da Fortuna, pára:
nem dês um passo de onde estás. . .
Mais certo
é que ela venha ter ao teu deserto,
que vás achá-la em sua verde seara.

Se em busca vais do Amor, volta e repara
como é enganoso aquele céu aberto:
mais longe está, quando parece perto,
e faz a noite da manhã mais clara.

Deixa a Fortuna, que te está distante,
e deixa o Amor, que teu olhar persegue
como perdido pássaro sem ninho.

… Porém, ó negro cavaleiro andante,
se vais em busca da Tristeza, segue,
que hás de encontrá-la pelo teu caminho!

Onestaldo de Pennafort

Carta a uma amiga.



É preciso ter cuidado,execivo cuidado
Dois olhos não bastam para açambar o céu
Nem a terra cabe em nossa mãos de fome
Teremos rosas de cabalto?
Teremos alvoradas de amar?
Ah!Amiga,a bagagem das indagações
vai nela um vasto desejo de dialozar
Alguma coisa será,da qual faremos parte,
um exército,quem sabe,para plantar.
Tens razão
é preciso alegrar a geração de gritos no caule
e botões tantas vezes parece um prédio inacabado
com algumas ervas,
com alguns montes
E,tantas vezes.
A flor expandida de um mistério.
Não falar sempre
Que é preciso um grampo para prender cabelos?
Não alertam sempre
Contra o fruto que desaba de su posto de vida
Para crescer no chão.
E nós perplexos,
Antes a faixa de.............

Carta a um pai.

Hoje perdemos um motivo de morrer


deve ser a noite


que esplende com seu coração negro


para corroper-nos


que serão os meninos de reteno


disendo coisas assim


como saber


se o pardal vem do inverno


ou da janela que fecha os mortos?


como esquecer


se alguma coisa crece sobre as plantas


e uma dor se ergue


porque os amados deixaram as mãos




Somente o eco da paisagem de ferro


e as perguntas e as respostas


que abrigou


o mundo é uma festa


cuidado a desadolescer`.




É o amor?


É o corpo?


É os outros?


É a terra que disseste boa?


É o Acre dos limões?


O mundo é uma festa


cuidado a desadolecer.


Oh!Pai,


núcleo de ternura,equilibrio e louco


forjaste sem cuidado.


Quando voltaras a casa


de onde nlos largaste


para teu legado,


quando estará maduro


para aceitar nosso extravio


o erro do teu lapidor milenario


lapidando se em área de liberdade?






Lindolf Bell
Eu não queria ter coração !
Que no meu peito nada batesse!
E andasse livre e feliz por esse
mundo da grande desolação!

Onestaldo de Pennafort
Minha mulher
não é seu nome é uma data
escritos na aliança.
Minha mulher é sabão seco
ao redor do anel.
Quando andamos de mãos dadas,
a aliança faz espuma.

Cancao minima


No misterio do Sem-Fim,
equilibra-se um planeta.
E ,no planeta ,no jardim
e, no jardim,no canteiro.
No canteiro,uma violeta,
e sobre ela,o dia inteiro,
entre o planeta e o Sem-Fim.
A asa de uma borboleta.

poesias de José Guilherme de Araújo Jorge










SENSUAL




Ainda sinto o teu corpo ao meu corpo colado;nos lábios, a volúpia ardente do teu beijo;no quarto a solidão, desnuda, ainda te vejo,a olhar-me com olhar nervoso e apaixonado...


Partiste!... Mas no peito ainda sinto a ânsia e o latejodaquele último abraço inquieto e demorado...- Na quentura do espaço a transpirar pecado,Ainda baila a figura estranha do desejo...


Não posso mais viver sem ter-te nos meus braços!- Quando longe tu estás, minha alma se alvoroçajulgando ouvir no quarto o ruído dos teus passos...


Na lembrança revejo os momentos felizes,e chego a acreditar que a minha carne moçana tua carne moça até criou raízes!...








Bilhete




O teu vulto ficou na lembrança guardado,vivo, por muitas horas!... e em meus olhos baços Fitei-te – como alguém que ansioso e torturadoTentasse inutilmente reavivar teus traços...
Num relance te vi – depois, quase irritadoFugi, - e reparei que ao marcar os meus passosia a dizer teu nome e a ver por todo ladoo teu vulto... o teu rosto... e o clarão dos teus braços!
Talvez eu faça mal em querer ser sincero,censurarás – quem sabe? Essa minha ousadia,e pensarás até que minto, e que exagero...
Ou dirás, que eu falar-te nesse tom, não devo,que o que escrevo é infantil e absurdo, é fantasia,e afinal tens razão... nem sei por que te escrevo!



O riacho é um cavalo liquido,
a pedra é um cavalo preso.
As borboletas são flores com abelhas dentro
liberdade é apenas mudar a forma
o que não diminuiu a solidão
do nascimento.

*-* Unidade


                                                   Unidade

As plantas sofrem como nos sufomar  

Por que não sofririam

Se esta é a chave da Unidade no mundo ?

a flor sofre, tocada

Por mão inconsciente .

Há uma queixa abafado

em sua docilidade

A pedra é sofrimento

paralitica, eterno .

Não temos nós, animais

Sequer o privilégio de sofrer.

                                                                                                     Carlos D. De Andrade . 

Soneto á lua












Por que tens,por que tens olhos escuros


E as mãos lânguidas,loucas e sem fim


Quem és,que es tu,não eu ,e estas em mim


Impura,como obem que está nos puros?







Que paixão fez-te os lábios tão maduros


Num rosto como o teu criança assim


Quem te criou tão boa para o ruim


E fatal para meus versos duros?







Fugaz,a que direito tens-me presa


A alma que por ti soluça nua


E não és Tatiana nem Teresa:







E és tão pouco a pouco a mulher que anda na rua


Vagabunda,poética,indefesa


O minha branca e pequenina lua.

Carta a uma mãe.


Saber

como tudo é em nós

saber

como tudo é em nós

o abismo,

o tombo de alto,

a resima.



Saber

quando menos esperamos

de todas as que se foram

nem sempre maduras,

das malucas que guardam

e se reguadam

dentro da casa.

Saber

qualquer coisa a chegar-se

como se,de repente,

houvesse um porto,

um porto sempre mais dificil,

com as mãos abertas

de noite e de dia

doce crescer no escuro!

Doce esfregar-se contra o mundo

porque nós impede de soçobrar

se não algo puro,

o rosto intacto

de quem se despede da multidão

neste mês.

Nesta primavera agregada,
nesse tempo entreabrir?
Por mais que façamos caminhos pelos países
a torre brotaa com seu desvêlo
tudo se aconchega
como se aconchega o ninho,
E nós gritamos
porque somos os centro,
de onde se parte sempre,
a onde se chega nunca.
Oh!Mãe
arca primeira do corpo
primeiro chão
primeira lasca
do tronco abatido a machado,
engedreraria nosso coração
tamanha cidade
para habitantes todos como irmãos?
Lindolf Bell




Onestaldo de Pennafort


Noturno

Lá vem ele a guiar o seu rebanho.
Cada pedra que encontra em seu caminho,
ele transforma em dócil cordeirinho.
E lá vai a guiar o seu rebanho...

Quando ele passa erguendo o alto cajado,
pastor sem gado chamam-lhe os pastores.
Mas crianças dizem que são flores
que ele vai a guiar com o seu cajado...



Guitarra

Punhal de prata ja eras,
punhal de prata !
Nem foste tu que fizeste.

Vi-te brilhar entre as pedras ,
Punhal de prata !
_no cabo,flores abertas,
no gume,a medida exata,

A exata,a medida certa ,
punhal de prata,
para atravessar-me o peito,
com uma letra e uma data.

A maior pena que eu tenho,
punhal de prata,
nao e de me ver morrendo,
mas de saber quem me mata.

Epigrama numero nove

O vento voa,
a noite toda se atordoa,
a folha cai.
Havera mesmo algum pensamento.
Sobre esta noite
Sobre este vento
Sobre esta folha que se vai.
Pulo frutas
para roubar muros
eu me seco
quando levo susto
sempre nos momentos,
em que nada acontece
tudo é possível.

A Morte







A morte vem de longe

Do fundo dos céus

Vem para os meius olhos

Virás para os teus

Desce das estrelas

Das brancas estrelas.





As loucas estrelas

Trânsfugas de Deus

Chega impressendida

Nunca inesperada

Ela é o que é na vida.





A grande esperada!

A desesperada

Do amor garantida

Dos homens ai!dos homens

Que matam a morte

Por medo da vida.
poesia

Quero asa de borboleta azul
para que eu encontre
o caminho do vento
o caminho da noite
a janela do trem
o caminho de mim





O amor a primeira vista


o amor a primeira vista
é a alma trocado de corpo
feito passaro de ninho
é sede respontina
sede de água de outro





receita de abri coração


a chave é pequena
de ouro e coragen
o coração é labirinto de viagem
muralha abismo trapezio
porta aberta para outros
gaveta aberta para a vida

Epigrama do espelho infiel

Entre o desenho do meu rosto,
e o seu reflexo ,
me sonho agoniza ,perplexo.

Ah!,pobres linhas do meu rosto,
desmanchadas do lado oposto,
e sem nexos.

E a lagrima do seu desgosto,
sumida no espelho convexo!.

Legado

Foi meu pai quem plantou esse álamo

No meu jardim.Podou seus sonho

E desde então seus dedos se multiplicaram

Sua voz se perpetuou em folhas

Depois de cada inverno.

E quando o evento perpassa

Os altos ramos do álamo generoso

O tempo se dá por vencido

A dor recolhe suas asas:

Meu pai conversa comigo

Andando pela calçada

Entre o meu coração e a sua morte.

Epigrama do espelho infiel

Entre o desenho do meu rosto,
e o seu reflexo,
meu sonho agoniza,perplexo.

Ah!,pobres linhas do meu rosto,
desmanchadas do lado oposto,
e sem nexo!

E a lagrima do seu desgosto.
Sumida no espelho convexo!

segunda-feira, 15 de junho de 2009

by Kim Anderson


Procura-se algum lugar do planeta

onde a vida seja sempre uma festa

onde o homem não mate

nem bicho nem homem

e deixe em paz as árvores na floresta


.Procura-se algum lugar no planeta

onde a vida seja sempre uma dança

e mesmo as pessoas mais graves

tenham no rosto um olhar de criança


.Roseana Murray

In Classificados Poéticos

O ajudante de Deus


Ivoquei o Espiríto Santo

Ele me disse sofre

come na paciência

está amargura,

por que tens boca

e eu não

toma o pequeno cálice

massa de cinza e fiel

não transmultados

É pão de mirra come

Aviso




Se me quiseres amar,

Terá de ser agora:depois

Estarai cansada

Minha vida foi feita de

Parveria com a morte

Pertenço um pouco a cada uma

Para mim sobrou quase nada,

Ponho a máscara do dia,

Um rosto cômodo e simples

E assim garanto a minha sobre vida.

Se me quiseres amar,

Terá de ser hoje:

Amanhã estarei mudada.


Minha mulher teus olhos
teu jeito de me abençoar com seios.
Dá-me a estrada entre a cama
e os teus joelhos.
Tuas pernas abertas
e as minhas fechada
e tuas pernas fechadas
e minhas abertas.
Não devolviremos o espaço que ciamos,
não há retorno aos limites
tampoucos poderei escrever sobre tua letra.

XVI

Tu ouvirás esta linguagem.
Simples,
difícil.
Terás um encanto triste
Como os que vão morrer,
Sabendo o dia...
Mas intimamente .
Quererás está morte .
Sentindo-a maior que a vida.

Biografia de Lindolf Bell



Lindolf Bell nasceu em Timbío,Santa Catarina,em 2 de novembro de 1938.Primeiros estudos em Timbó (G.E.Polírio em Santiago e ginásio Rui Barbosa).Adolecente vai para Blumenau,onde estuda para técnico de contabilidade (colégio Santo Antônio)Segue depois para o Rio de Janeiro,onde permanece pouco tempo,deixando incompleto o curso de Ciências sociais na Universidade Federal vai para São Paulo,onde faz dramaturgia na escola de arte dramatica de São Paulo(direção de Alfredo Mesquita).Como profissional foi lavrador e professor de Timbó,soldado na PE no Rio de Janeiro,funcionário de escritório em Timbó,Blumenau,Rio e São Paulo.
Seus primeiros poemas sairam nos jornais de Blumenau(a nação,lume,os estudantes)e em Joinville(jornal de Joinville).Em 1972,participado do congreço de poesia brasileira realizada em Fortaleza(Ceará),como representante de Santa Catarina.
Em 1973 lança as camisetas -poemas para todo o Brasil ,emescala industrial.Inicia-se como professor de história de artes na fundação universidade regional de Blumenau(curso de licenciatura de educação artistica).

Prepara um novo livro "O Vale".


Dança lenta


Não somos nem bons nem maus:


Somos tristes.Plantados entre chão


E estrelas ,lutando com sangue,


Pedras e paus,sonho e arte.


Nem vida nem morte:


Somos lúcida vertigem,


Glória e danação.Somos gente:


Dura tarefa.


Com sorte,aqui e ali a ternura


Faz parte.



Versos de Entreter-se

À vida falta uma parte

-seria o lado de fora-

pra que se visse passar

ao mesmo tempo que passa

e no final fosse apenas

não um sonho sem resposta

À vida falta uma porta.

Fabricio Carpinerjar é poeta,jornalista e mestre em literatura brasileira pela universidade federal do Rio Grande Sul.Nasceu em Caxias do Sul,no dia 23 de outubro 1972.É autor dos livros"As Solas do Sol" publicado em 1998 pela Bertrand Brasil" Um Terreno de Pássaros ao Sul" publicado pela Escritursa edirtora,em 2000 reconhecido pela Emciclopédia Britânica como uns dos destaques da literatura brasileira em 2001,e terceira sede, pela Escrituras em 2001.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Poesias de Carlos Nejar

Arco iris

Era um anel de terra
emirto, anel contigo.
O que te dei, preserva
como chama, arco iris

um anel de folhas
vagalumes, trigos
O que te dei, é secreto
Elza,para sorrires.

E um anel de tréguas,
entretecendo mitos,
que abrangesem alarde.

A rua,a lua,a tua
mão e os dedos indos
Anel de eternidades
                                   Poema do jornal




O fato ainda não acabou de acontecer

e já a mão nervosa do repórter

o transforma em notícia.

O marido está matando a mulher.

A mulher ensangüentada grita.

Ladrões arrombam o cofre.

A polícia dissolve o meeting.

A pena escreve.


Vem da sala de linotipos a doce

música mecânica.
                                                                                              
                                                                                            Carlos D. de Andrade

Poema de Purificação

                                  Poema da purificação




Depois de tantos combates

o anjo bom matou o anjo mau

e jogou seu corpo no rio.

As água ficaram tintas

de um sangue que não descorava

e os peixes todos morreram.



Mas uma luz que ninguém soube

dizer de onde tinha vindo

apareceu para clarear o mundo,

e outro anjo pensou a ferida

do anjo batalhador.



                                                                                         Carlos D. de andrade

Quadrilha

                              Quadrilha

João amava Teresa

que amava Raimundo

que amava Maria

que amava Joaquim

que amava Lili

que não amava ninguém.

João foi para o Estados Unidos,

Teresa para o convento,

Raimundo morreu de desastre,

Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes

que não tinha entrado na história.


                                                                                                 Carlos D. de Andrade
Não seremos marido e mulher,

nem mesmo amantes

Que tal apenas namorados interminentes

docemente nos amando, entinerantes?

trocaremos afagos,quando o dia adormecer,

na encrusilhada,

deixarei em você meu cheiro de mulher

lançaremos olhares disfarçados

que certamente passarão despercebidos pois namorados

Olhar


Foto de TELPortfolio

APRENDIZADO

Do mesmo modo que te abriste à alegria
abre-te agora ao sofrimento
que é fruto dela
e seu avesso ardente.

Do mesmo modo
que da alegria foste
ao fundo
e te perdeste nela
e te achaste
nessa perda
deixa que a dor se exerça agora
sem mentiras
nem desculpas
e em tua carne vaporize
toda ilusão

que a vida só consome
o que a alimenta.

Ferreira Gullar
In Barulhos

Não passou *-*

                                             Não Passou


Passou?

Minúsculas eternidades

deglutidas por mínimos relógios

ressoam na mente cavernosa.


Não, ninguém morreu, ninguém foi infeliz.

A mão- a tua mão, nossas mãos-

rugosas, têm o antigo calor

de quando éramos vivos. Éramos?




Hoje somos mais vivos do que nunca.

Mentira, estarmos sós.

Nada, que eu sinta, passa realmente.

É tudo ilusão de ter passado.


                                                                                      Carlos D. de Andrade


Vinicius de Moraes

Nasceu no Rio de Janeiro no dia 19 de Outubro de 1913.Estudou direito no Rio e literatura em Oxford.Desde então interessava-se pela arte do cinema,tendo desenvolvido atividades como crítico e censor cinematográfico.
Vinicios se formou em advocacia e foi diplomata de 1943 até 1968,quando sua paixão pela música levou a trocar a carreira de diplomata para a música profissional,tornando-se uma das figuras exponenciais da Bossa Nova.
Vinicios de Moraes morreu no dia 09 de julho de 1980.

       Lya Luft

 Lya Luft começou sua carreira literária em 1980,aos 41 anos,com a publicação do romance As  parceiras,seguido por A asa esquerda do anjo 1981,Reunião de familia 1982,Mulher no palco 1984,O  quarto fechado 1984,Exílio 1987.Olado fatal 1988,A sentinela 1994,Orio do meio 1996, prêmio da  Associação Paulista de Criticos de Artes,Secreta mirada 1997,O ponto cego 1999,Histórias do tempo  2000,Perdas Ganhos 2003,Pensar é transgredir 2004,e no mesmo ano,Histórias de bruxa boa,sua estréia na literatura infantil.Em 2005 publicou o volume de poesia Para não diser adeus.          

     Formada em letras anglo-germânicas e com mestrados em literatura brasileira e linguistica aplicada,Lya trabalha desdeos 20 anos como tradutora de alemão e inglês e já verteu para o português obras de autores consagrados,como Virginia Woolf,Gunter Grass,Thomas Mann e Doris Lessing,além de ter recebido o prêmio União Latina de melhor traduçâo tecnica e científica em 2001 pela tradução de Lete:Arte e critica do esquecimento de Harald Weinrich.

BIOGRAFIA DE HELENA KOLODY

Helena Kolody
Helena Kolody nasceu em 1912, em Cruz Machado, Paraná no dia 12 de outubro. Filha de Miguel e Vitória Kolody. Seus pais foram imigrantes ucranianos que se conheceram no Brasil.
Helena Kolody passou parte da infância na cidade de Tres Barras onde fez o curso primário. Estudou piano, pintura e aos 12 anos , fez seus primeiros versos.
Seu primeiro poema publicado foi A Lágrima,aos 16 de idade, e a divulgação de seus trabalhos, na época , era através da revista Marinha de Paranaguá. Mas infelizmente morreu no dia 15 de fevereiro de 2004 aos 91 anos.
É a primeira brasileira da família.Passou a infância no cenário catarinense de uma pequena vila.Trabalhou por 23 anos no Instituto da Educação.

Alphonsus de Guimaraens Filho
Poeta e funcionário público brasileiro nascido em Mariana, Minas Gerais, cuja poesia tinha um alto envolvimento místico, com imagens entremeadas de luz e inquietação, e experiências metafísicas. Descendente de uma família de tradição na literatura brasileira, era filho do poeta Afonso Henriques da Costa Guimarães, o Alphonsus de Guimaraens (1870-1921), de quem publicou a obra completa (1955-1960), irmão do escritor João Alphonsus e sobrinho-neto de Bernardo Guimarães. Estudou em Belo Horizonte, onde se bacharelou em direito (1940) pela Universidade de Belo Horizonte. Ainda estudante, entrou para o jornalismo (1934) como redator do Diário da Tarde, de Belo Horizonte, e diretor da Rádio Inconfidência e iniciou-se na carreira de administrador público (1936). Trabalhou para Juscelino Kubitschek no governo de Minas Gerais e na presidência da república, e foi procurador do Tribunal de Contas da União. Em sua obra destacam-se, principalmente, Lume de Estrelas (1940), A cidade do sul (1948), O irmão (1950), O mito e o criador (1954), Sonetos com Dedicatória (1956), Poemas Reunidos (1960), Antologia Poética (1963), Novos Poemas (1968), Poemas da Ante-Hora (1971), Absurda Fábula (1973), Água do Tempo (1977) e Só a Noite é que Amanhece (1977).
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FLORA FIGUEIREDO

Poeta, cronista e tradutora paulista, já foi consagrada pelo público com seus livros Florescência (1987), Calça de verão (1989) e Amor a céu aberto (1992). Rima, ritmo e bom humor são características da sua poesia. Flora deixa evidente sua intimidade com o mundo, abraçando o cotidiano com vitalidade e graaça às vezes romântica, às vezes irreverente e turbulenta. Sempre dentro de uma linguagem concisa e simples, plena de sutiliza verbal, seus poemas são como um mergulho profundo nas águas da vida.







Cecilia Meireles nasceu no Rio de Janeiro em 7de novembro de 1901,tres meses apos amorte do seu pai.Antes de completar tres anos de idade,perdeu sua mãe passando então a morar com sua avó materna,unica pessoa sobrevivente da família.
Em 1910,concluiu o curso primário e recebeu das maõs do inspetor de ensino,na época o poeta Olavo Bilac,uma medalha de ouro com seu nome gravado,prêmio pelo esforço desempenhado durante o curso.
Sete anos depois diplomou-se professora primaria e passou a desenvolver intensa atividade como educadora.Em 1922 casou-se com o artista plástico português Fernando Correa Dias,com teve três filhas:Mari Elvira,Maria Matilde e Maria Fernanda,atriz de sucesso.
Além de sua atividade como educadora escreveu muitas poesias.
Cecilia Meirelles faleceu no dia 9 de novembro de 1964,em pleno apogeu de sua atividade literária.Recebeu post mortem o premio Machado de Assis,da Academia Brasileira de Letras,pelo conjunto de sua obra.

Biografia de Paulo Leminski

Paulo Leminski

Paulo Leminski nascido em Curitiba Paraná, em 1944. Mestiço de polaco com negra, sempre viveu no Paraná.
Ex-professor de história e redação em cursos pré-vestibular, foi diretor de criação e redator de publicidade,colaborou no "Folhetim" da folha de S.Paulo, resenhou livros de poesia na Veja.
Poemas e textos publicados em inúmeros órgãos, de Curitiba,S.Paulo,Rio e Bahia. Teve seus primeiros poemas publicados na revista Invenção,em 1964, então portavoz da poesia concreta paulista. Faixa -preta o professor de judo,viveu em Curitiba com a poeta Alice Ruiz com a qual teve 2 filhos.
Paulo Leminski morreu no dia 7 de junho de 1989.

Biografia De Carlos Drummond De Andrade *-*



    Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do mato dentro -MG 31 de Outrubo de 1902 , de uma família de fazenderos decadência , estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no colégio Anchieta de nova Friburgo RJ , de onde foi espulso por ´´insubordinação mental``. De novo em Belo Horizonte , começou a carreira de escritor como colaborador do diários de Minas , que Aglutinavam os adepetos locais do incipiente movimento modernista mineiro.



       Ante a insistência familiar para que se obitivesse um diploma , formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A revista , que , apesar da vida preve , foi importante Veiculo de Afirmação do modernismo em Minas.Ingressou no serviço Público e , em 1934tranferiu-se para oRio De Janeiro , onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema , ministro da Educação , até 1945.Passou depois a trabalhar no serviço Patrimônio Histórico e Artístico nacional e se aposentou em 1962.Desde 1954 colaborou como cronista no correio da Manhã e , a partir do início de 1969 , no Jornal do Brasil.

           O modenismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros de Drummond , alguma poesia (1930)e Brejo das Donas (1934) , em que o poema -piada e descontração rintastisca pareciam revelar o contrario. Adominante é a individualista do autor , poeta da ordem e da consolidação , ainda que sempre , e fecundamente , contratídorias.Torturado pelo passado , assombrado com o futuro , ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele testemunho buscida de si mesmo e do transcurso dos homens , de um ponto de vista Melancólica , e cético . Maso , em quanto ironizam os costumes e a sociedade . Asperamente com o empenho e deretanto construtivo á comunicação estética desse modo de ser e estar .

            Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

          Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

           Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

          Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

José Guilherme de Araújo Jorge

José Guilherme de Araújo Jorge

Nasceu em 20 de maio de 1914,na vila de Tarauacá,estado do Acre. Filho de Salvador Augusto de Araújo Jorge e Zilda Tinoco de Araújo Jorge. Descendente,pelo lado paterno de tradicional família alagoana,os Araújo Jorge.Sobrinho do embaixador Artur Guimarães de Araújo Jorge,(autor de inúmeras obras sobre filosofia,história e diplomacia),sobrinho neto de Adriano de Araújo Jorge,médico,escritor,grande orador,que foi presidente perpétuo da Academia Amazonense de letras,e do professor Afrânio de Araújo Jorge,fundador do Ginásio Alagoana, de Maceió. Descendente pelo lado materno do Tinocos Caldas e dos Gonçalves de Campos,Macaé,e São Fidelís, estado do Rio. Passou sua infância no Acre ,em Rio Branco,onde fez curso primário no Grupo Escolar,7 de Setembro.No Rio,realizou o curso secundário nos colégios Aglo-Americano e Pedro II colaborou desde menino na imprensa estudantes.Foi fundador e presidente da Academia de Letras do internato Pedro II, no velho Casarão de São Cristovão.


Roseana murray

ROSEANA MURRAY


Roseana Murray nasceu no Rio de Janeiro ,em 1950 .Depois bacharela-se em literatura francesa e trabalha com tradutora , em 1980 lançou seu primeiro livro , fardo de carinho ,obra de poesia voltada para o público infantil publicada pela editora murinho .Assim começava uma intensa carreira literária .Ao longo de mais de vinte anos período em que dividiu seu tempo entre o isolamento de um sítio em Visconde de Mauá ,região serrania do Rio de Janeiro, e o burburinho da Capital do estado - Roseana escreveu e publicou mais de quarenta livros , maioria de poesia . Além de conquistar a paixão de toda uma geração de jovens leitores brasileiros ,Roseana recebeu de versos prémio e venceu dois concursos naçionais de poesia também foi prestigiada com algumas das mas inportamtes láureas literárias comfiridas pela fundação nacional do livros infantil e juvenil -(FNLI) pela associaçaõ paulista de Críticos de artes (APC) pelos Academia de letras.






























quarta-feira, 4 de março de 2009

biografia de Fabrício Carpinejar

Fabrício carpineja é poeta,

Bilhete

Se tu me amas ama-me baixinho
não grites acima dos telhados
deixe em paz aos passarinhos.

Deixe em paz a mim,
se me queres em fim
tem de ser bem devagarinho
amada, pois a vida é breve
e o amor mais breve ainda.
Adélia Prado

Adélia Prado nasceu em Divinopolis, Minas Gerais em 13 de dezembro de 1935, onde reside até hoje.Em 1951 iniciou o curso de magistério na Escola Normal Mario Casasanta. Em uma escola da cidade. Em meados da década de 1960,foi estudar filosofia na faculdade de filosofia.Ciências e letras de Divinopólis,onde se formou em 1973.

Biografia de Ferreira Gullar




Ferreira Gullar é pseudônimo de José Ribamar Ferreira.Nasceu em São Luís do Maranhão em 10 de setembro de 1930.Aos vinte e um anos já premiado em concurso de poesia promovido pelo jornal de letras, e tendo publicado um livro de poemas-Um pouco para acima do chão(1949)transferiu-se para o Rio de Janeiro.

No Rio passou a colaborar em jornais e revistas, inclusive como crítico de arte.Em 1954, publicou A luta corporal, livro que abriu caminhos para o movimento de poesia concreta, do qual participou inicialmente e com o qual rompeu para, em 1959, organizar e liderar o grupo neo concretista, cujo o manifesto redigiu e cujas ideias fundamentais expressou num ensaio famoso:Teoria do não-objeto.

Apartir de1962, a poesia de Gullar reflete a necessidade moral de lutar contra a injustiça social e a opressão.Ele recomeça sua experiência poética com poemas de cordel e, mais tarde reelaborada a sua linguagem até alcançar a complexidade dos poemas que constituem dentro da noite veloz, e ditador em 1975.