terça-feira, 16 de junho de 2009

Carta a uma mãe.


Saber

como tudo é em nós

saber

como tudo é em nós

o abismo,

o tombo de alto,

a resima.



Saber

quando menos esperamos

de todas as que se foram

nem sempre maduras,

das malucas que guardam

e se reguadam

dentro da casa.

Saber

qualquer coisa a chegar-se

como se,de repente,

houvesse um porto,

um porto sempre mais dificil,

com as mãos abertas

de noite e de dia

doce crescer no escuro!

Doce esfregar-se contra o mundo

porque nós impede de soçobrar

se não algo puro,

o rosto intacto

de quem se despede da multidão

neste mês.

Nesta primavera agregada,
nesse tempo entreabrir?
Por mais que façamos caminhos pelos países
a torre brotaa com seu desvêlo
tudo se aconchega
como se aconchega o ninho,
E nós gritamos
porque somos os centro,
de onde se parte sempre,
a onde se chega nunca.
Oh!Mãe
arca primeira do corpo
primeiro chão
primeira lasca
do tronco abatido a machado,
engedreraria nosso coração
tamanha cidade
para habitantes todos como irmãos?
Lindolf Bell

Nenhum comentário:

Postar um comentário